Robert Johnson



Me And The Devil Blues
Robert Johnson
Composição: Robert Johnson

Blues Sobre Eu e o Demônio Robert Johnson

Hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta e
eu disse "Olá, Satan, acho que é hora de ir"
eu e o demônio andávamos lado a lado
eu vou bater em minha mulher até ficar satisfeito
ela diz que não sabe porque aquilo
vou tratar ela como um cachorro


Alguns de você já devem te ouvido falar em uma cara que em 1930 tinha feito um pacto com o diabo para fazer sucesso to cando blues , este mesmo ja influenciu varios musicos e bandas e pricipalmente no rock n’ roll. Para quem nunca nem viu nada desse grande musico acompanhe a a materia e saiba mais.


A Vida
Johnson nasceu em Hazlehurst, Mississippi. Sua data de nascimento oficialmente aceita (1911) provavelmente está errada. Registros existentes (documentos escolares, certidões de casamento e certidão de óbito) sugerem diferentes datas entre 1909 e 1912, embora nenhum contenha a data de 1911.

Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes. Suas músicas continuam sendo interpretadas e adaptadas por diversos artistas, como Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.

Em 1938 durante uma apresentação no bar "Tree Forks" Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava enciumado por Jonhson ter flertado com sua mulher, Sonny Boy Williamson que estava tocando junto com Jonhson, havia alertado-o sobre o whisky, porém este não lhe deu atenção. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte.

Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues".

Johnson é freqüentemente citado como "o maior cantor de blues de todos os tempos", ou mesmo como o mais importante músico do Século XX, mas muitos ouvintes se desapontam ao conhecer o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos atuais.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw. Johnson tocou com o jovem Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson (que afirma ter estado presente no dia do envenenamento de Johnson e ter alertado Johnson sobre a garrafa de whisky). Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters, e o blues elétrico de Chicago na década de 1950 foi criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha direta de influência entre a obra de Johnson e o Rock and roll que se tornaria popular no pós-guerra.

Anos após sua morte, o grupo de admiradores de Johnson cresceu e inclui astros do rock como Keith Richards e Eric Clapton.



Em 1999 os The White Stripes lançaram no seu álbum de estréia homônimo uma canção de Johnson; Stop Breaking Down.

Fonte Wikipedia



Simon Uriel:Conversando com o Diabo

"Quando eu deixar esta cidade....você terá uma grande, uma longa história para contar." Robert Johnson em "From Four Till Late"


Numa mesa ao canto o avisto por detrás de garrafas de Jake vazias e um copo semi cheio.
há muita fumaça por aqui senhor Johnson, levanta os olhos acuados como se escondessem da luz. Olá Simon, respondeu-me calmamente, não precisa me chamar assim, ninguém irá nos ouvir.

E como vai a perna? Há boatos de que Jake causa paralisia temporária. O que há de errado no meu "jake walk"? Está melhor agora, só preciso de tempo para descansar. O tempo diluído em aguardente? Perguntei. Está preocupado comigo Simon? Não é de seu feitio.


White Plaza Hotel, Dallas, Texas, 1937




O trato não será desfeito. Robert Johnson sabia que o prazo passava e estava em Dallas a fim de cumpri-lo a tempo. Restava-lhe poucas semanas e faltava o registro da segunda sessão das 13 canções que completariam o disco; ainda faltavam “Sweet Home Chicago” e “Me and Devil Blues”. Vinte e nove canções fora o acordo que fizera com Thomaz naquela noite de 35; nunca soube o real motivo, Robert nunca fora um grande músico, seu blues sujo, carregado com letras sofridas me lembra o início com W. C. Handy e sua “St. Louis Blues” a primeira de muitas work songs.

Por onde andou Simon? Dei uma volta por Chicago, ouvi falar que já existem instrumentos eletrificados por lá. Isso é conversa daqueles garotos do Sonny Boy, loucos para fugirem do Mississipi longe daquelas harmonias sem vida. Johnson respondeu em êxtase. Acho que está errado Robert, vi com meus olhos que a terra nunca vai devorar, um jovem negro, o chamavam de “Água Lamascenta”. Empunhava uma guitarra maciça apelidada de “Log”; o luthier que a fabricou usava captadores comuns para violões em modelos Epiphone. Qual era o nome do homem que a fabricou Simon? Era um veterano guitarrista chamado Les Paul. E esse “Águas... como é mesmo que você o chamou?! Muddy. Muddy Waters. E ele tocava bem? Não como você, se quer saber. Não pensei nisso Simon. Em que pensa então Robert, vindo para essa terra de discórdia e poeira? Não foram vinte e nove músicas o trato, porque ainda está aqui? Resta a segunda sessão de gravação para podermos escolher as melhores. Isso é detalhe você sabe. Não precisa disso, pode sair fora. Mas você não pode não é?


Robert Johnson sempre teve olhos acesos, inflamados como o diabo, mas naquela noite quente de junho havia amargura misturada a frustração, tudo azedado com extrato de gengibre jamaicano, 85% de álcóol. Robert acenou com a cabeça: Você nunca entendeu Simon, quer que eu conte novamente a história? Quer que eu clame por misericórdia? Por paz? Apenas me diga o motivo Robert... Porque quer saber? Do que adiantaria? Quero sabe ao menos que teve uma escolha. Eu nunca tive uma escolha Simon.

Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo gravado 15 anos antes dele aprender a formular as primeiras pentatônicas, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Quando cheguei em Chicago todos comentavam sobre o negro virtuoso que fizera um pacto com o diabo para obter fama com o blues, todavia poucos conhecem a verdadeira história...

Lembro-me de Johnson praguejando alguma blue song num corredor insípido de um hotel vagabundo no lado oeste do Mississipi. Bêbado e cambaleante ele cantava alguma coisa como:
"...hoje de manhã cedo quando você bateu na minha porta; Eu disse "Olá, Demônio, acho que é hora de ir."

Reclinado sobre a soleira com os braços cruzados perguntei-lhe o que significava aquela letra. “Você já conversou com o demônio meu amigo?” Indagou-me em tom zombeteiro. “Prefiro conversar com os homens Robert”, respondi. Naquela noite Johnson me contou o que ocorreu na lendária noite de 35.

Era quase meia noite, Robert partira para Clarksdale numa encruzilhada da rodovia 61 com a 49 levando consigo uísque adulterado e sua Dobro 1927 californiana com velhas cordas oxidadas a ponto de rasgar os dedos. A fumaça de seu Lucky Strike Bull´s Eyes cortava o espaço nebuloso quando um bend escandaloso fora cuspido de uma velha gaita cromada. Era Thomaz.Robert continuara a estória assegurando que quando desejou seguir Son House por Robunsonville este o esnobou certa vez num café ao lado de Willie Brown


“Aquilo nunca foi nem será blues, ele veio me procurar, disse que me seguiria onde eu fosse, coitado, o garoto não tem talento Wil.”

O final todos conhecem, Thomaz toma o violão empenado de Johnson e o afina um tom abaixo, a tensão das cordas se foi e o que ouvi depois foi um D(ré) maior afrouxado seguido de uma pegada densa, arrastando um riff pesaroso caindo para um sol maior, tenso mas singelo, o contraste da chegada na quinta da harmonia foi um repouso melódico para depois voltar com mais vivacidade na nota principal. Nada de solos impertinentes, obviedade na execução. Tocava como um demônio! Quando Robert pegou seu violão executou na mesma precisão a lição ouvida. O resto é lenda.

Contam que quando voltou à Robunsonville encontrou com Son House e Willie Brown que ficaram assombrados com o desenvolvimento técnico e musical de Johnson em tão pouco tempo. Daí o famoso mistério: Johnson, em uma encruzilhada, teria vendido sua alma para o demônio, para ser um grande guitarrista. Dos poucos que conheci que viram Johnson tocar nas noites quentes do Delta, diziam que seu violão nunca desafinava e que escrevera 29 canções em sete dias.

Você quer saber se a história é verdadeira Simon?
Eu sei que é Robert, só não sei ainda qual foi o preço.
Em 1936 resolveu gravar suas músicas, e recorreu ao dono de uma loja de discos. Este lhe apresentou a uma pessoa que trabalhava para a gravadora ARC, chamado Ernie Oertle. Em novembro, Johnson e Oertle foram para Santo Antônio e em apenas 5 dias gravaram as músicas que mudariam o blues:

Kindhearted Woman Blues
I Believe I'll Dust My Broom
Sweet Home Chicago
Rambling On My Mind
When You Got a Good Friend
Come On In My Kitchen
Terraplane Blues
Phonograph Blues
32-20 Blues
They're Red Hot
Dead Shrimp Blues
Cross Road Blues
Walking Blues
Last Fair Deal Gone Down
Preaching Blues (Up Jumped the Devil)
If I Had Possession Over Judgment Day.


Estas canções foram gravadas apenas com voz, um violão acústico com cordas de aço e um slide na mão esquerda. Ao final Johnson retornou para o Mississipi e deu prosseguimento a sua meteórica carreira. Em junho de 1937 voltou ao estúdio agora em Dallas, foi quando tive a chance de revê-lo. Gravou mais uma série de canções:

Hellhound On My Trail
Little Queen of Spades
Malted Milk
Drunken Hearted Man
Me and the Devil Blues
Stop Breakin' Down Blues
Traveling Riverside Blues
Honeymoon Blues

sendo dois takes de cada, também 3 takes de Milkcow's Calf Blues e 4 de Love in Vain. No ano seguinte excursionou por várias cidades, entre elas St. Louis, Detroit, Chicago e Memphis. Tornou-se o King of the Delta Blues.


13 de Agosto de 1938, Greewood, Mississipi

Após a apresentação no Three Forks em Greewood Robert passa mal com dores fortes no estômago, eu o levo para minha casa, ali ele me assegura que teria sido envenenado por um marido ciumento de uma amante do passado. Qual o nome dela Robert? "Do que adianta agora meu bom amigo, eu vou morrer de qualquer forma, ela é apenas um fantasma". Ele agoniza num velho sofá cinzento.

'Lembra daquela história que lhe contei anos atrás Simon?´Sim, onde o velho Thomaz lhe ensinou a tocar blues. "Você sempre quis saber o motivo não foi?" Acho que já sei Robert. "Thomaz lhe contou?" Não, você contou para todos em Love In Vain amigo...


“Eu a segui até a estação com uma maleta em minha mão, E eu segui-a à estação com uma maleta em minha mão,
Bem, é duro dizer, é duro dizer quando todo seu amor é em vão, Todo meu amor em vão.
Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no olho, Quando o trem rolou até a estação eu olhei-a no olho. Bem, eu era solitário, me senti assim solitário e eu não poderia ajudar mas gritei todo meu amor em vão.
Quando o trem saiu da estação com duas luzes atrás de mim. A luz azul era meu Blues e a luz vermelha era minha mente,Todo meu amor em vão! Oh Willie Mae! Oh Willie Mae! Todo meu amor em vão!

Pouco antes de morrer em 16 de Agosto de 1938 Robert Johnson me contara que aprendera a tocar blues sozinho quando mudou para sua cidade natal Hazelhurst em 1931, ano que fora desprezado por Son House. Contou-me que aprendera sua técnica tocando com músicos de rua nas tardes melancólicas do Mississipi.
E o que pediste a Thomaz, Robert?! Indaguei-o pela última vez.Não houve tempo, Robert Johnson dera seu último suspiro aos 27 anos naquela noite abafada onde os corações adormecem devagar. Muitos acreditam ser verdade o mito em que Johnson vendera a alma para o diabo em troca de sua técnica ímpar, porém poucos sabem ao certo o real motivo que o levou a procurar Thomaz naquela encruzilhada sinistra. O que eu sei é o que está em meus relatos, não fora em troca de virtuosísmo, o pacto de Robert Johnson com o diabo, ele não me revelou, mas pude ler em seus olhos, Willie Mae, Willie Mae.



Mais

*Somente duas seções de gravação aconteceram dois anos antes da sua morte. A primeira seção ocorreu em Novembro de 1936 em um quarto de hotel em Santo Antônio, Texas. Durante os 3 dias de gravação ele gravou 16 faixas para a American Record Company; incluindo os clássicos conhecidos "I believe I'll dust my broom", "Sweet home Chicago", "Terraplane Blues", "Cross road Blues", "Come on in my kitchen" e "Walkin Blues. A Segunda seção de gravação foi realizada em Junho de 1937 em um depósito em Dallas e mais alguns clássicos foram gravados como: "Traveling riverside Blues", "Love in vain", "Hell hound on my trail", e "Me and the devil Blues".


*Em 1938 Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (Sem Médico) como causa da morte. Outra lenda diz que ele morreu de quatro uivando no corredor do hotel que ele estava.

*O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.*Robert Johnson gravou seu repertório em sessões no Mississipi e clássicos no Texas. As duas versões de Crossrodas, por exemplo, foram registradas em Santo Antônio(Texas). Coube a ele escrever a música a caminho, em uma parada em Forth Worth.


Roberth Johnson foi um artista de Blues da década de trinta de carreira tão influente quanto curta. Gravou apenas 29 músicas antes de ser morto envenenado, mas influenciou todo o blues e rock que se fez desde então. Son House afirmava que Johnson havia feito um pacto com o demônio.


Muddy Waters: O nome artístico (em português, Águas Lamacentas) ele ganhou devido ao costume de quando criança brincar em um rio. Ele mudaria-se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão pela guitarra elétrica.
Sua popularidade começou a crescer entre os músicos negros, e isso o permitiu passar a se apresentar em clubes de grande movimento. A técnica de Waters é fortemente característica devido a seu uso da braçadeira na guitarra. Suas primeiras gravações pela Chess Records apresentavam Waters na guitarra e nos vocais apoiado por um violoncelo. Posteriormente, ele adicionaria uma seção rítmica e a gaita de Little Walter, inventando a formação clássica de Chicago blues.
Com sua voz profunda, rica, uma personalidade carismática e o apoio de excelentes músicos, Waters rapidamente tornou-se a figura mais famosa do Chicago Blues. Até mesmo
B. B. King referiria-se a ele mais tarde como o “Chefe de Chicago”.


Sonny Boy: também conhecido como John Lee Williamson, foi um
gaitista de blues nascido em Jackson, Tennessee, cuja primeira gravação, "Good Morning, School Girl", foi um suceso em 1937. Ele foi bastante popular no sudeste dos Estados Unidos e tornou-se um sinônimo da gaita no blues nas décadas seguintes, fazendo de seu apelido um nome artístico usado comumente na época de seu assassinato em 1948.


W. C. Handy: Filho de ex-escravos, Handy saiu de casa ainda adolescente, viajando de cidade em cidade, dando aulas de músicas por onde passava, até se estabilizar em
Memphis, Tennessee, onde mais tarde, ao lado de Harry Pace, fundou uma distribuidora fonográfica.
Trabalhando em Memphis, compôs "Memphis Blues" (publicada em 1912), "The St.Louis Blues" (1914) e muitas outras canções que incorporaram instrumentação do jazz com a contagem de tempo do ragtime e do tango dentro do compasso do blues.
Em 1918, mudou-se para
Nova Iorque onde continuou a trabalhar como compositor e arranjador para filmes, rádio e produções da Broadway.

Work songs: As Work Songs eram cantos de trabalho, onde, enquanto trabalhavam, um dos escravos cantava um verso e os outros repetiam, trabalhando todos em sincronia, ou seja, um mesmo ritmo.

"Cant You hear the Wind Howl?" Site sobre o filme
AQUI


Filme biográfico de Peter Meyer (FOTOS ACIMA EXTRAÍDAS DO FILME)



Download

Robert Johnson-The complete Recordings- Disc One






Link para download> Usar senha/password: 360grauss.blogspot.com

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